segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Homenagem ao dia do professor



SER PROFESSOR
Ser professor é simplesmente semear
Semear com carinho a sabedoria
Com a certeza que um dia
Essas sementes irão germinar

As barreiras são muitas...
Mas nada impede esse caminhar
Mente aberta, costas largas, coração pulsante
E muitos ideais a realizar

Entrega-se... Esquece seus problemas, suas moléstias
Somente o amor seu coração aquece
Toda criança é um ser carente
Sempre  o ideal é o que prevalece

Repreende, acaricia
Ensina, aprende
Molda o espírito e a mente
Nesse incessante caminhar

Às vezes o desespero assalta
Põem-se a orar pedindo ao Senhor
Pois só ele é capaz de iluminar uma mente
Que desconhece os caminhos do amor

Até que pouco a pouco frutos vão surgindo
Alguns pálidos, mas outros rubros e fortes
Então o coração põe-se a cantar

A cada ano um novo sonho
Nunca deixa de acreditar
Tudo pode lhes proibir
Mas não a capacidade de sonhar

Insiste, nunca desiste
Busca algo novo, põe-se a reformular
Buscando um milagroso caminho
Para que todas as sementinhas possam germinar
                                        Zilda Costa
Retirado do livro:Se os pais e professores derem-se as mãos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O perfume das flores que plantei




“O perfume das flores que eu plantei” é um livro pautado na educação de “pais maus”. Aqueles que impõem limites ensinam o respeito aos mais velhos, exigem que apresentemos a eles as pessoas com as quais convivemos fora do lar e que tenhamos compromissos e responsabilidades.
A personagem principal, uma pessoa simples e criada em padrões rígidos, não se tornou uma pessoa traumatizada nem revoltada, pelo contrário foi capaz de educar seus filhos com competência fazendo uso do amor exigente que é o único que educa e forma indivíduo capaz de buscar o caminho do bem.
Por outro lado, encontramos uma família de alto poder aquisitivo sofrendo as consequências de uma educação liberal, onde a criança tem tudo que o dinheiro possa oferecer, mas onde falta o mais importante: o amor e o carinho dos pais.
Uma história que encanta, emociona e envolve o leitor levando-o às reflexões profundas sobre a importância de um gesto, de uma atitude e de um projeto de vida.
A família é responsável pela qualidade do projétil que lançará ao mundo.

Se os pais e professores derem-se as mãos



A obra consta de importantes subsídios para os pais quanto à educação de seus filhos na primeira comunidade que é a família, preparando-os a terem um comportamento adequado para enfrentar as demais comunidades nas quais serão gradativamente inseridos.
O tema central é a importância da parceria entre pais e professores para a formação global do indivíduo.  A sociedade já está sentindo os efeitos prejudiciais de projetos como a progressão continuada: os alunos na sua maioria estão chegando a 8º série sem capacidade de produzir pequenos textos, nem tampouco realizarem cálculos simples.
O livro sugere aos pais desenvolverem desde cedo atitudes fundamentais como respeito ao professores, aos colegas, bom comportamento em sala de aula resgatando valores perdidos e indispensáveis para o convívio social. Com essa parceria, poderão melhorar o sistema educativo sem contar com a conscientização por parte de nossos governantes que estão mais preocupados em mostrarem índices percentuais ilusórios de aprovação.  
O tema vem ganhando importância porque a sociedade está constatando o declínio do nível da aprendizagem. Concluindo que a marginalidade está aumentando porque as escolas não estão preparando indivíduos para enfrentarem o mercado de trabalho cada vez mais competitivo.    
 Pais brilhantes e professores fascinantes de Augusto Cury. exalta a necessidade do amor como instrumento para destacar-se como uma bom educador, já nessa obra o amor é recomendado desde o início aos pais o qual será estendido à segunda comunidade que é a Escola.
Diferencia-se por preocupar-se com a formação global do indivíduo, enquanto Augusto Cury trata mais da parte emocional da criança mediante algumas atitudes de pais e professores.

Depressão- não deixe que esse mal atinja você

                                                                      2ª edição


         Com toda a humildade da alma é aqui relatada uma dolorosa experiência vivenciada nos labirintos obscuros de uma DEPRESSÃO. Experiência essa, causada pela desinformação que norteia os tortuosos caminhos que conduzem a vítima a esta grave e indescritível enfermidade.

        Numa linguagem clara e acessível, o leitor tomará conhecimento das prováveis causas e sintomas, da ajuda especializada para iniciar o combate e, finalmente, atingir a cura da DEPRESSÃO, que escraviza o corpo e a alma.

      Belíssimas mensagens enriquecem o relato, exemplificam as colocações que combatem os maus sentimentos, abrindo os corações para uma vida de harmonia e paz, consigo mesmo e com o próximo.

      Os esclarecimentos contidos neste livro farão com que seu subconsciente construa uma barreira intransponível para este mal do século que assola e maltrata as pessoas, sensíveis, fragilizadas e desinformadas.
Constitui uma obra inédita por mesclar a dor com o alívio da cura.

Arrume um amante

     Todo palestrante precisa ser incisivo, inteligente e perspicaz se quiser conquistar seu público e quando a plateia interage aí tudo fica mais envolvente e interessante.
    Numa palestra, um padre muito competente e requisitado para tal, desenvolvia o tema: como motivar-se e viver sempre feliz.
    Após citar vários fatores que levam muitas pessoas durante a vida à depressão, à desmotivação tornando-se uma pessoa apática e muitas vezes desagradável até, exaltou os bons sentimentos como o amor, a amizade, a compreensão e concluiu: mas, infalível mesmo para você resgatar a autoestima, revigorar-se mesmo em idade avançada é você arrumar um amante.
    A platéia calou-se, as velhinhas acotovelaram-se, as beatas já imaginaram se daria tempo de contar ainda nesse dia tal fato a todas as amigas.
    Eu, no meu canto, pensei: esse padre não é louco, tem algo atrás dessa afirmação que constitui o tema central da palestra.
    Ele deu meia volta e com um sorriso maroto foi perguntando para as pessoas:- qual é o seu amante?
    De repente me deu um lampejo e sem muito refletir respondi:
    -Eu tenho padre!
    Ohhhh!! Todos os olhares se voltaram para mim e agora que eu entrara na fogueira tinha que ir até o fim nem que fosse pra me queimar.
     - Verdade?Pode nos especificar mais?
     -Sim, claro! Eu gosto muito dela (Dela? Jesus, ainda é lésbica...) levanto-me a noite muitas vezes para me encontrar com ela, minhas filhas desaprovam e as vezes sou alvo de comentários pelo que faço.
     Até o padre pigarreou, mas como me conhecia, sabia que eu não sou nenhuma louca também e que conheço bem as artimanhas de um palestrante, voltou-se interrogativamente para mim.
    Então conclui:
    - É a literatura, padre. Se estiver lendo um livro a curiosidade é tanta que muitas vezes espero meu marido dormir e pé por pé vou até minha escrivaninha e concluo o capítulo que me tirava o sono. Se por outro lado sou eu que estou escrevendo uma obra e acordo no meio da noite com uma idéia sinto que não posso deixar para o dia seguinte. Fico até alta madrugada colocando a preciosa idéia que me fez acordar. Estou muito apaixonada, fascinada mesmo e essa paixão me ajudou muito na cura de uma depressão.
    O padre deu uma sonora gargalhada  pedindo muitos aplausos por eu ter matado a charada. Suspirei aliviada, pois poderia ter cometido um “mico” como dizem os jovens, mas muitas vezes é muito melhor tentar que ficar calado, sufocando um pensamento.
     Foi então que a palestra deslanchou.
    Um amante pode ser um novo emprego que faz você renascer, contando os minutos para realizá-lo, pode ser um netinho que você sonhou a vida toda, pode ser um lugar onde você se sinta muito bem e fica contando os dias da semana para lá retornar... Enfim é uma coisa, ou atitude que traz alegria de viver, que faz o sorriso retornar ao seu rosto quando você já se sentia velho e incapaz.
    Quando me aposentei comecei a sentir essa sensação de inutilidade, mas também não sentia vontade de realizar nenhum trabalho. Ficava o dia todo ociosa, do PC para a televisão. Ás vezes ajeitando aqui e ali uma gaveta um armário, mas que chatice!!
    Foi na AGRA- associação de grupo de apoio que encontrei meu amante.
    As pessoas se interessavam muito pela minha experiência de cura de uma depressão e me pedia depoimento que eu acabava por apostilar para distribuir a várias pessoas. Foi então que surgiu a ideia do livro. Não sei por que ainda não havia pensado nisso- eu sempre fui ratinho de biblioteca, meus trabalhos eram sempre muito elogiados. Lembro-me até que preparara uma homenagem tão emocionante para o prefeito Francisco Carlos numa visita dele a nossa escola que ele agradeceu muito à "professora poeta".
    Publiquei meu primeiro livro que trouxe muita alegria. Lançamento, Bienal, convites para coletâneas é tudo uma conseqüência maravilhosa!
   Veio o segundo livro, também muito procurado, tem um original sendo analisado, um de poesia engavetado (risos) sabe que nem isso me incomoda?Chegará a hora de ele lançar vôo para o mundo.
   Ai de mim se não fosse esse amante!
   Quando algo me aborrece, corro para o micro e as ideias vão sendo lançadas para a tela enquanto um largo sorriso adorna meu rosto. Quando concluo, nem lembro mais o que havia me aborrecido.
      Isso tudo, porque tive coragem e arrumei um amante- é muito bom estar apaixonada e seu marido ou esposa vai ganhar com isso também, pois terá uma pessoa sempre bem humorada, ativa que não envelhecerá jamais.

Quem você pensa que é?

   Sala de enfermaria... As macas enfileiradas, cada um aguardando a hora da cirurgia. Em cada um, na sua solidão, ocorria o pensamento das possíveis últimas horas de vida. Numa cirurgia tudo pode acontecer... Pobre, rico, negro, branco se confraternizam com um sorriso amarelo.
  Senti-me útil ao ajeitar a touca de uma velhinha, cujos membros já se encontravam atrofiado. Veio um constrangimento de meu gesto de humildade. Não que eu seja uma pessoa má,mas não pude deixar de lembrar de minha casa, recém reformada de minha banheira e de meus sais de banho, dos cremes, do closet organizado como sempre sonhei! Tudo me pareceu fútil, avaro, sem sentido. O sorriso desdentado da velhinha, fez com que me sentisse melhor. Ali todos eram iguais: branco, preto, pobre, abastado... Todos com uma camisola de chita que ao levantar-se irremediavelmente mostrava o traseiro. Vinham enfermeiras abrindo nosso peito colocando os aparelhos necessários. Enquanto mostrava os seios, objeto de admiração e prazer, se transformando num simples e mais um dos órgãos femininos. Veio-me a mente, as palestras, as bienais, as entrevistas com jornalista...
    Agora eu era mais uma de bunda de fora, que se agarrava as minhas crenças, me entregando nas mãos de Deus. Bem, fé eu sempre cultivei e em nenhum momento me utilizei da soberba da ganância, conclui aliviada. Tinha a impressão de dedos invisíveis nos apontavam com um sorriso maroto: “Está vendo como você não é nada? Está sozinho, sofrendo e nesse momento, só Deus poderá fazer algo por você. Será que você também se lembrou Dele nos momentos de glória e olhando para o alto balbuciou um simples agradecimento? Será?
   Tive nesse momento, a certeza de que só vale a pena fazer o bem, só vale a pena valorizar nossa família que  mesmo à distância, são as únicas pessoas a torcer por nós, só vale a pena ter bagagem para apresentar ao Criador, se algo não der certo como desejávamos e que o resto são fardos pesados demais, por isso deixaremos tudo para trás, no momento da partida.
   Fazendo esse balanço tive a impressão que Deus me estendeu a mão e quando meu médico me sorriu e perguntou: -Podemos ir? Eu disse com sinceridade:
- Sim, estou pronta!
   Senti o sangue quente banhar meu coração e fosse qual fosse o resultado eu me sairia bem, porque estava em paz, de bem com Deus. Sem Ele sim, eu não seria NADA.